WebQuest do "Clube do Professor Gaúcho"
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WebQuest do "Clube do Professor Gaúcho"
Foi feito um tutorial para um posterior teste a professores "gaúchos" do Brasil. Os resultados não os encontrei mas achei relevante mostrar os textos apresentados a pessoas que formam outras. Encontrei alguns mitos assumidos como verdades. Ora vejam:
Estrutura Química
A Canábis contém aproximadamente 400 substâncias químicas, entre as quais destacam-se pelo menos 60 “canabinóides”, que são os responsáveis pelos seus efeitos psíquicos.
Canabinóides Psicoativos
Os principais canabinóides psicoativos são o Delta-8-THC, Delta-9-THC.
Delta-9-THC
O Delta-9-tetrahidrocanabinol (Delta-9-THC) é o mais abundante e potente destes compostos, sendo o principal responsável pelos efeitos psicoativos e propriedades reforçadoras dos canabinóides.
Concentração Tóxica
A concentração tóxica de Delta-9-THC é estimada em torno de 20 a 30mg. Normalmente a concentração de Delta-9-THC nos cigarros ou “baseados” varia entre 2,5 a 20mg. Portanto, ao considerarmos que um cigarro contém 500mg de maconha (ou seja, 5mg de Delta-9-THC) serão necessários 4 a 8 cigarros por dia para atingir-se os efeitos tóxicos. Um cigarro de maconha com 250 a 500 mg é capaz, dentro de 15 minutos, de produzir uma intoxicação moderada.
Ação da maconha no SNC


Absorção
Via de Administração
A via de administração mais comum é a inalada. Quando ingerida os efeitos farmacológicos são menos intensos e mais demorados. Por causa da alta solubilidade lipídica e a primeira passagem pelo metabolismo hepático, somente 10 a 20 % da dose alcança a circulação quando administrada oralmente. A intensidade dos efeitos farmacológicos é cinco vezes maior, quando a canábis é inalada em comparação à absorção oral.
Início de Ação
Os efeitos farmacológicos pela absorção pulmonar podem demorar de 5 a 10 minutos para iniciarem-se, necessitando-se de apenas 14 segundos para o THC atingir o cérebro, enquanto que a absorção oral pode demorar de 30 a 45 minutos.
Intoxicação
Em geral, os principais efeitos psicoativos (euforia e aumento do apetite) iniciam-se dentro de 10 minutos, atingindo um pico de intoxicação, que varia de acordo com a via de administração, oral (45 a 60 minutos) ou pulmonar (10 a 30 minutos), durando em torno de 2 a 4h. Posteriormente segue-se um período de sonolência e sedação, que varia entre 1 a 3h.
Distribuição
Os canabinóides possuem elevada lipossolubilidade, ficando facilmente preso no revestimento dos pulmões, quando é fumado. Devido à sua lipossolubilidade, acumulam-se principalmente nos órgãos nos quais os níveis de gordura são mais elevados (por ex. cérebro, testículos e tecido adiposo). Alguns pacientes podem exibir os sinais e sintomas de intoxicação por até 12 a 24h, devido à liberação lenta dos canabinóides a partir do tecido adiposo.
Metabolização
O Delta-9-THC é rapidamente metabolizado no fígado.
Excreção
As principais formas de excreção são a urina, a bile, o leite materno e as fezes. A sua excreção pode estender-se de 3 a 7 dias, devido à sua alta lipossolubilidade, permanecendo armazenada no tecido adiposo do corpo. Nos usuários crônicos, a sua eliminação total pode levar até 30 dias. Os metabólicos são excretados principalmente pelas fezes e urina.
Efeitos Agudos
Alterações Fisiológicas
As principais alterações fisiológicas compreendem: a diminuição da acuidade auditiva, o aumento da acuidade visual, o aumento de peso corporal (possivelmente associados à maior retenção hídrica), o aumento da fome, a dilatação das vias aéreas, a tontura, a taquicardia. Normalmente os sintomas que compõem a intoxicação iniciam-se dentro de 2 horas após o uso da canábis. Ao exame físico, os principais sinais sugestivos de intoxicação induzida pela canábis são a hiperemia conjuntival causada pela vasodilatação dos vasos sangüíneos da conjuntiva; hipotermia, retardo psicomotor e midríase. Os usuários que fazem uso de doses elevadas de canábis podem evoluir com vasodilatação sangüínea, taquicardia e hipotensão ortostática. A taquicardia pode chegar entre 140 a 160 bpm. Não é letal, pois é transitória e semelhante às alterações do ritmo cardíaco que ocorrem nos exercícios físicos de intensidade média e no orgasmo sexual. Entretanto, os indivíduos com antecedentes cardíacos podem apresentar complicações graves (por ex. arritmias cardíacas) associadas ao aumento da demanda de oxigênio pelo tecido cardíaco. Nos indivíduos susceptíveis, isto é explicado pela diminuição do transporte de oxigênio aos tecidos, quando a canábis liga-se de forma competitiva com a hemoglobina. Além disso, retardo psicomotor, diminuição da capacidade para execução de atividades motoras complexas, incoordenação motora, boca seca, aumento da sede, tosse, diminuição da acuidade auditiva, aumento da acuidade visual, broncodilatação e tontura são outras alterações fisiológicas que podem estar presentes.
Dependência
Os usuários de doses elevadas de canábis podem desenvolver uma dependência física caracterizada por sintomas de abstinência leve e tolerância. Entretanto, na prática clínica é mais fácil evidenciar o padrão de uso compulsivo entre os usuários “pesados” de canábis. Aliás, o padrão de uso compulsivo é mais comum nos usuários das preparações com maior concentração de delta-9-THC (por ex. “haxixe”).
Tolerância
A tolerância ocorre, principalmente entre os usuários de grande quantidade de canábis, especialmente para os sintomas físicos de intoxicação (por ex. vasodilatação e taquicardia).
A Dependência da Maconha
Evidências para a dependência de maconha:
A partir dos anos 70 a crença a respeito de que a maconha não levava à tolerância e que não havia sintomas de abstinência foi mudado devido a um estudo em 1976 no qual ministravam doses de THC à voluntários por um período de 4 semanas, que ao final destas relatavam que "a maconha era muito mais fraca" e os sinais de abstinência também foram observados, com a retirada os pacientes apresentavam-se mais irritados, menos cooperativos, resistentes, hostis e queixaram-se de aumento de apetite e insônia, estes efeitos só diminuíram após três semanas. A síndrome de abstinência da maconha tem se apresentado com inquietude, ansiedade, disforia, irritabilidade, insônia, anorexia, tremores musculares, aumento dos reflexos, alterações de batimentos cardíacos, pressão sanguínea, suores e diarréia. A síndrome pode aparecer em torno de 10 horas de abstinência e atingir seu pico por volta das 48 horas.
A validade da dependência da maconha:
Os critérios para o diagnóstico da dependência de substâncias é baseado no conceito de síndrome de dependência de Edwards,1981. As características chaves são sintomas cognitivos, comportamentais e psicológicos indicando que o indivíduo continua a usar a substância apesar de problemas significativos relacionados a ela. Os critérios incluem tolerância, síndrome de abstinência, dificuldade de controlar o consumo, padrão de uso o que leva ao estreitamento do repertório do usuário.
Fonte
Estrutura Química
A Canábis contém aproximadamente 400 substâncias químicas, entre as quais destacam-se pelo menos 60 “canabinóides”, que são os responsáveis pelos seus efeitos psíquicos.
Canabinóides Psicoativos
Os principais canabinóides psicoativos são o Delta-8-THC, Delta-9-THC.
Delta-9-THC
O Delta-9-tetrahidrocanabinol (Delta-9-THC) é o mais abundante e potente destes compostos, sendo o principal responsável pelos efeitos psicoativos e propriedades reforçadoras dos canabinóides.
Concentração Tóxica
A concentração tóxica de Delta-9-THC é estimada em torno de 20 a 30mg. Normalmente a concentração de Delta-9-THC nos cigarros ou “baseados” varia entre 2,5 a 20mg. Portanto, ao considerarmos que um cigarro contém 500mg de maconha (ou seja, 5mg de Delta-9-THC) serão necessários 4 a 8 cigarros por dia para atingir-se os efeitos tóxicos. Um cigarro de maconha com 250 a 500 mg é capaz, dentro de 15 minutos, de produzir uma intoxicação moderada.
Ação da maconha no SNC


Absorção
Via de Administração
A via de administração mais comum é a inalada. Quando ingerida os efeitos farmacológicos são menos intensos e mais demorados. Por causa da alta solubilidade lipídica e a primeira passagem pelo metabolismo hepático, somente 10 a 20 % da dose alcança a circulação quando administrada oralmente. A intensidade dos efeitos farmacológicos é cinco vezes maior, quando a canábis é inalada em comparação à absorção oral.
Início de Ação
Os efeitos farmacológicos pela absorção pulmonar podem demorar de 5 a 10 minutos para iniciarem-se, necessitando-se de apenas 14 segundos para o THC atingir o cérebro, enquanto que a absorção oral pode demorar de 30 a 45 minutos.
Intoxicação
Em geral, os principais efeitos psicoativos (euforia e aumento do apetite) iniciam-se dentro de 10 minutos, atingindo um pico de intoxicação, que varia de acordo com a via de administração, oral (45 a 60 minutos) ou pulmonar (10 a 30 minutos), durando em torno de 2 a 4h. Posteriormente segue-se um período de sonolência e sedação, que varia entre 1 a 3h.
Distribuição
Os canabinóides possuem elevada lipossolubilidade, ficando facilmente preso no revestimento dos pulmões, quando é fumado. Devido à sua lipossolubilidade, acumulam-se principalmente nos órgãos nos quais os níveis de gordura são mais elevados (por ex. cérebro, testículos e tecido adiposo). Alguns pacientes podem exibir os sinais e sintomas de intoxicação por até 12 a 24h, devido à liberação lenta dos canabinóides a partir do tecido adiposo.
Metabolização
O Delta-9-THC é rapidamente metabolizado no fígado.
Excreção
As principais formas de excreção são a urina, a bile, o leite materno e as fezes. A sua excreção pode estender-se de 3 a 7 dias, devido à sua alta lipossolubilidade, permanecendo armazenada no tecido adiposo do corpo. Nos usuários crônicos, a sua eliminação total pode levar até 30 dias. Os metabólicos são excretados principalmente pelas fezes e urina.
Efeitos Agudos
Alterações Fisiológicas
As principais alterações fisiológicas compreendem: a diminuição da acuidade auditiva, o aumento da acuidade visual, o aumento de peso corporal (possivelmente associados à maior retenção hídrica), o aumento da fome, a dilatação das vias aéreas, a tontura, a taquicardia. Normalmente os sintomas que compõem a intoxicação iniciam-se dentro de 2 horas após o uso da canábis. Ao exame físico, os principais sinais sugestivos de intoxicação induzida pela canábis são a hiperemia conjuntival causada pela vasodilatação dos vasos sangüíneos da conjuntiva; hipotermia, retardo psicomotor e midríase. Os usuários que fazem uso de doses elevadas de canábis podem evoluir com vasodilatação sangüínea, taquicardia e hipotensão ortostática. A taquicardia pode chegar entre 140 a 160 bpm. Não é letal, pois é transitória e semelhante às alterações do ritmo cardíaco que ocorrem nos exercícios físicos de intensidade média e no orgasmo sexual. Entretanto, os indivíduos com antecedentes cardíacos podem apresentar complicações graves (por ex. arritmias cardíacas) associadas ao aumento da demanda de oxigênio pelo tecido cardíaco. Nos indivíduos susceptíveis, isto é explicado pela diminuição do transporte de oxigênio aos tecidos, quando a canábis liga-se de forma competitiva com a hemoglobina. Além disso, retardo psicomotor, diminuição da capacidade para execução de atividades motoras complexas, incoordenação motora, boca seca, aumento da sede, tosse, diminuição da acuidade auditiva, aumento da acuidade visual, broncodilatação e tontura são outras alterações fisiológicas que podem estar presentes.
Dependência
Os usuários de doses elevadas de canábis podem desenvolver uma dependência física caracterizada por sintomas de abstinência leve e tolerância. Entretanto, na prática clínica é mais fácil evidenciar o padrão de uso compulsivo entre os usuários “pesados” de canábis. Aliás, o padrão de uso compulsivo é mais comum nos usuários das preparações com maior concentração de delta-9-THC (por ex. “haxixe”).
Tolerância
A tolerância ocorre, principalmente entre os usuários de grande quantidade de canábis, especialmente para os sintomas físicos de intoxicação (por ex. vasodilatação e taquicardia).
A Dependência da Maconha
Evidências para a dependência de maconha:
A partir dos anos 70 a crença a respeito de que a maconha não levava à tolerância e que não havia sintomas de abstinência foi mudado devido a um estudo em 1976 no qual ministravam doses de THC à voluntários por um período de 4 semanas, que ao final destas relatavam que "a maconha era muito mais fraca" e os sinais de abstinência também foram observados, com a retirada os pacientes apresentavam-se mais irritados, menos cooperativos, resistentes, hostis e queixaram-se de aumento de apetite e insônia, estes efeitos só diminuíram após três semanas. A síndrome de abstinência da maconha tem se apresentado com inquietude, ansiedade, disforia, irritabilidade, insônia, anorexia, tremores musculares, aumento dos reflexos, alterações de batimentos cardíacos, pressão sanguínea, suores e diarréia. A síndrome pode aparecer em torno de 10 horas de abstinência e atingir seu pico por volta das 48 horas.
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Fonte
mortalha- Mensagens : 14
Data de inscrição : 08/07/2009

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